sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

20 anos de Mountain Bike

Ponte sobro o Rio Buquira, Monteiro Lobato Abril/1991


Monteiro Lobato. Bairro dos Souzas.
07 de janeiro de 1991.
88Km aprox.

Na companhia do colega Cesar Ôngaro e Silva rumei numa manhã de segunda-feira pra cidade de Monteiro Lobato onde faria o primeiro percurso de uma nova vida em duas rodas...no nascente/crescente e febril Mountain Bike.

À bordo de uma Caloi Cruiser Light vermelha com 5 marchas, freios side-pull, uma caramanhola da Caloi com suco de laranja congelado (que foi possível beber quase completando os primeiros 27 Km...) nos aventuramos pra terra do sabugosa.

Fonte: internet

Cruiser Light Vermelha - 5 marchas
(fruto da troca de uma tão sonhada Caloicross Extra Light Azul 1984)


Fonte: internet

Da frase "em terra de cego quem tem um olho é rei,
digo que no Brasil que tinha uma Extra Light era um Deus!"


Pensamos:

- Pra onde vamos agora?

Vamos em direção a casa que minha bisavó morou. A travessa da Serrinha era curta. De lá resolvemos ir até o Bairro dos Souzas. Percorremos mais 4 quilômetros de asfalto rumo a Campos do Jordão e entramos, na ainda de terra, Estrada do Bairro dos Souzas. Do centro fomos até a cachoeira do Leopoldo, hoje pousada Aldeias do Paraíso.

Esse foi o primeiro pedal numa bike que seria a percussora de toda aventura off road em duas rodas.

Rapid Fire???? Slow Fire!!!

Fonte: internet

No Brasil a Caloi lançara a Caloi Mountain Bike Aluminum: a primeira bicicleta com quadro de alumínio.
Fonte: internet

Dentre as importadas a Nishiki Colorado era uma modesta e sonhada bike:

Fonte: internet

Era a era dos grupos Shimano 100, 200 GS, Exage, Deore DX, LX, XT e o até hoje sonhado XTR. Havia os Sun Race, Suntour que equipavam as clássicas Mountain Bikes da Caloi 18 marchas "Rajadinha".

Nessa altura estava já ouvindo a faixa "Love Walk's In" do Van Halen onde desde 13/10/1990 tornou-se uma faixa contínua do álbum em vinil, "1985", o mesmo álbum que troquei com o amigo Fernando Gamba.

Da praça Santa Cruz curtindo o Rock Metal oitentino para os noventa em passos ensaiados de Snap à Unchained Melody...rs. Meus 16 timidamente vividos...rs porém saudavelmente curtidos.

Dentre dias um namoro/flash iria "piscar". Dentre semanas começaria a trabalhar. Seriam as últimas segundas-feiras antes da vida adulta!


O tempo voou, os cabelos cresceram, poucos caíram e a bike que não é a mesma...ainda bem...rs...continua a rodar.


SP-50 em frente a Fazenda Valkilândia


Gatorade ainda era
em latinha de aço. Recordação!

07 de Janeiro de 2011.
20 anos de Mountain Bike

Complemente:
http://www.youtube.com/watch?v=2rvri_da8_E
http://www.youtube.com/watch?v=atOVRxAmcuk

2 comentários:

  1. Fala André!

    Cara, que legal ler esse seu Blog! Nem preciso falar quantas lembranças ele me trouxe!
    Pra falar a verdade, não lembrava que sua primeira pedalada lá pras bandas de Monteiro tinha sido comigo. Quando vi meu nome no primeiro parágrafo, veio tudo de volta à memória!
    Não faz muito tempo eu estava contando para minha esposa sobre as primeiras pedaladas aí no Brasil. Lembrando dos capacetes de isopor com capa de nylon, bomba da caloi amarrada no quadro e minha mochila de ferramentas... Tinha até martelo dentro! Hehehe!
    Hoje, pedalando aqui nos EUA com tudo do bom e do melhor facilmente acessível, muito mais conhecimento sobre o ciclismo, grupos enormes, suplementos alimentares high tech e uma série de outras coisas com as quais nem sonhávamos 20 anos atrás, posso dizer honestamente: acho que nada me dá tantas saudades como as primeiras pedaladas aí pelas bandas da Mantiqueira. Nada como ter que fazer as coisas na cara e na coragem para vc realmente apreciá-las.
    Não tem muito tempo eu comprei uma quadro novo e montei minha "estradeira dos sonhos" aqui. Quando acabei de montar a bike, comecei a lembrar do tempo em que comida de treino era banana, isotônico era palavra desconhecida e pneu rasgado era manchão na certa, pois não dava para comprar outro. A grana era curta e as coisas por aí sempre foram caras. Era dureza ser estudante e querer bancar o ciclismo...
    Ainda assim. como vc eu continuei acreditando no pedal. Fui atropelado (duas vezes) assaltado (duas vezes) e nem sei quantas vezes me fecharam ou empurraram para fora da estrada. Ainda assim nunca passou pela minha cabeça parar de pedalar.
    Hoje quando pedalo aqui com os "gringos" e vejo nego reclamando de equipamento (que aí seria material de competição) e achando ruim porque o motorista passou a menos de um metro de distância deles, só o que eu consigo fazer é olhar para o cidadão e sorrir.
    Bom, acho que já escrevi demais!
    Fiquei feliz por ter meu nome citado no blog! Valeu pela citação e valeu ainda mais pelas lembranças que seu texto me trouxeram à memória!
    Inté!

    César

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  2. Uau! Gatorade de latinha foi o óh!! Que legal fazer essas restropectivas, hein André! E ainda bem que as duas rodas ainda estão vivas, curtindo um monte as estradinhas de terra do Vale! Parabéns pela caminhada e mantenha sempre assim, de bem com a vida! ;)

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Olá!
Agradeço a visita e comentário.

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