domingo, 1 de março de 2015

Reconstrução do ser



Amanhece o domingo e com ele vivo o ritual que espelha meu ser.

Nesses dias de verão a luz da janela me acorda. Ontem mesmo relembrara de como minhas quatro janelas vieram ao meu encontro. Na época elas ainda não passavam de um projeto, seja pra construtora, seja pra mim. Se repensar o projeto em meu pensamento estava ali, pronto. Do olhar que a avó materna sempre incentivou, aquele olhar de vó que só nutri paixão, que te fala "Isso mesmo, não seja bobo", que de dá o conselho que você quer ouvir... contribuiu para que em poucas palavras eu pudesse resumir ao corretor o que eu queria: manter minha raiz na Zona Norte do Município joseense...perto ali de Monteiro...como já dizia o prof. Emmanuel dos Santos..."instância de salubridade"... Diria hoje um lapso de "salubrisanidade" ou simplesmente a voz da nossa essência.

Nessa semana de disciplina - entre os exercícios multifuncionais para manutenção da lombar e também caber no traje para casamento da querida sobrinha a qual derrubei lágrimas quando nasceu quando eu só tinha meus 16 anos - um único pão somente....rs....e exatos 6h30min...nessa linha que iniciei a frase, soa o alarme que meu primeiro "pão integral" está pronto...é a natureza da vida... é a voz divina que soa quando deixamos ela entrar. Me recordo novamente do resumo de ontem...do relembrar do Chile e tudo que o projeto viajar me trouxe de experiência. Já em outras paragens (postagens) creio que versei sobre que Deus nos dá o essencial: nem crédito, nem débito. Foi a mágica descoberta que com o tempo, podemos ler o universo a nossa volta que saber que basta administrar o que temos... obviamente hoje já em leitura um tanto mais clara com relação as relações sociais e de produção social do espaço.

Nesse instante efetivamente tento resumir alguns singulares exercícios de reconstrução do ser. Novamente me deparei com um par que os seres terrenos imaginavam indissociáveis. Olho pra dentro, interiorizo após esses últimos 10 anos e vejo que nada realmente é eterno. Sou convicto que "meus heróis não morreram de overdose!". Filha quinze, eu quarenta. No mínimo instante pra refletir e ter a clareza que o universo está em movimento. Aquele casal que falei pessoalmente um dia no Sesc que gostaria de escrever um livro deles, pois eu, ainda recuperando da sangria nos meados de 2010, ainda dilacerado, borbulhava de sonhos, de interação com seres amigos humanos...atividades físicas, culturais. Agradeço a meus pais por acreditarem e semearem minhas loucuras da infância, não as artes, mas sim, minha essência em contato com o esporte - não competitivo - apesar desse mercado selvagem que tenta nos fazer ainda mais competitivos na lógica do capital.

Nesse segundo a respiração em três tempos...alimento para a paz interior. O que minha terapeuta sempre dizia fez efetivamente um caminho do que estava destinado à minha história...o Ioga e dele a proximidade com a natureza e do próprio Vale do Paraíba que aqui, nesse espaço, se faz. Inspirar em 3 segundos, segurar 3 segundos e expirar no dobro do tempo...6 segundos. Um fácil exercício para a reconstrução do ser.

Vamos pro domingo dissertar a vida sem romance ou drama...assim dizia Marco Schultz...
Vou agora pro meu rádio AM ouvir o Acervo Estadão pois no fim de tarde tem Reporter Eco, Mar sem fim...

A abelha fazendo o mel
vale o tempo que não voou

Beto Guedes - Amor de índio

Observação: a postagem faz parte do projeto pessoal: ajudar aquele coração dilacerado como o meu foi um dia.

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