domingo, 27 de junho de 2010

Ô de casa! Da farofa de Içá ao coração do homem bomba, Zeca Cidadão Baleiro.


Quitutes de casa e de fora: Virado de banana com queijo e farofa de içá.


Numa tarde onde o convite pra um virado com farofa teria um tempero diferente lá no final da receita.

Da Performance Sensorial de Janeiro estava agora colocando em prática, de olhos abertos, as sensações da vida cultural no meu "tempo livre".
O convite ao tato para os convidados, popularmente falando botar a mão na massa, foi mesmo fazer a receita de verdade.
A visão com cores fortes da própria formiga gigante e da fruta banana era o início.
A fumaça da panela que mais parecida um formigueiro vivo, tomava conta. Fazia bem uns 20 anos que eu não provava.

Expressões de desconfiança ao prato da terra por um lado e paixão por outros, do inseto que tinha seu dia de glória, frito na panela!

Ao sair da oficina fui em busca de meu velho besouro branco pra acomodá-lo para a atração principal do dia. Ao rumar em direção Oeste, o sentido da audição me dizia que algo grande viria. Ruído estéreo me fez sacar rapidamente a câmera. Estava justamente na linha da aproximação final do aeroporto joseense: um Globemaster C-17. Um digno quadrireator passou pelas proximidades do Sesc.



Seria o Zeca Baleiro chegando??? Talvez! rs

Acredito que o avião poderia trazer todos os músicos da terrinha maranhense e "todos" seus equipamentos!

O que mais poderia trazer??? Ou vir buscar?

Levei o inseto sobre 4 rodas pra um local mais apropriado. De volta à arena só aguardava serpenteando pelas atrações na Comedoria e escapei um segundo pra ver o palco. O técnico de som ouvia Peter Frampton! Minutos depois ví o Zeca sem boné, boina, chapéu ou qualquer sombreiro. Ví o magrelo maranhense adentrar e dar um panorama geral e alguns acordes.

Será que haveria "Lenha" na fogueira?

Será que o avião cargueiro estava trazendo LENHA?

Descí a escada/arquibancada rumo ao centro/direito da grade. Um grupo de fãs garantiu a área VIP. Simpáticas. Concorrentes entre sí pela maior adoração ao ídolo.

O público começou a aquecer o espaço. Amigos e também uma companheira Nikoniana.

Mais um item o cargueiro trouxe: uma lente 18-105.


Avistei o Set List. Meu coração apertou! O avião não teria trazido minha música predileta?!?!

Mas vamos curtir o ensaio. Tava agora pilhado com iluminação de palco e não com a suficiente diante do que a lente poderia ler. Lente da câmera.
Exercícios de alongamentos foram buscados da Multifuncional e Yoga para seder por instantes com a companheira e com os amigos que também queriam ver sem ninguém à frente.

Lá pra divisa - de São José dos Campos com Ararí, terra do José Ribamar Coelho Santos - do fim do show, o Zeca então sacou da bagagem que o avião cargueiro trouxe: Era ela, LENHA.

Minhas mãos não quiseram segurar minha D5000. Quase que unicamente sentí a bela canção por todos os sentidos disponíveis!

Mas se eu digo venha, você traz a lenha pro meu fogo acender...

E não é que parecia que o avião havia caído alí perto?!
Era tanta lenha que o palco parecia incendiar.

Heavy Metal do Senhor fechou a noite.

Ví depois que após a queda do avião - não era o Avião Brasil do meu velho amigo Thunder - restaram felizmente todos sobreviventes: os cinco integrantes da banda do Tio Zeca.

O obturador da D5000 também queria fechar...fiz rápidos registros finais pra levar comigo alguns ingredientes da receita do dia, da vida.

André Luiz de Toledo



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