domingo, 7 de abril de 2013

HOJE



HOJE

Agora, ao som de Terra, composição de Caetano, no canal 2 /TV Cultura, faço uma espécie de retrospectiva de um dia, dia de HOJE, ímpar no atual momento, em que vivenciei, presenciei, ouvi relatos e agora, disserto através do “método científico” prático: o laboratório experimental da vida.
HOJE. Nome do atual álbum da visitante Gal Costa que há duas semanas visitou a unidade de São José dos Campos.
Hoje fiquei surpreso em saber que num show de MPB, Bossa Nova e Samba alguns convidados e funcionários assistiram a um verdadeiro ringue onde seres urbanos, filhos da vida urbana selvagem, se enfrentaram fisicamente por um lugar ao sol, um lugar à lua, um lugar na fila, no espaço urbano.
Infelizmente não consegui ingresso. Infelizmente pelo novo horário estabelecido creio que muitos comerciários também não tiveram a oportunidade de garantir seu ingresso. Assim como muitos funcionários também não conseguiram no cumprimento ético de seu compromisso de servidor com o comerciário, usuário e munícipes joseenses.  Felizmente não estava na fila. Se estivesse talvez iria embora pois reality show e MMA esse planeta está cheio.
Lazer. Tempo livre. Salubridade. Será isso que a população busca ao sair de casa?
Hoje assisti mais um exemplo.
Interessados em participar de uma viagem/excursão de um dia pra um vilarejo no meio da Serra do Mar, ousaram naquele velho “jeitinho” furando a filinha. Alguns até com santinho na mão, programas, proclamas da cultura cristã, não perderam a chance de dar uma “burladinha” na ordem da fila!. Bem será que todo esse MMA da vida numa cidade também será repetido ao conquistar seu “lugar no céu”? Será que esses convidados passaram pelo buraco da agulha?
Seria isso efeito da metropolização valeparaibana sem sequer ter maturidade pra isso?
Se assim for, quaisquer manifestações de violência deverão seguir o protocolo das unidades da metrópole paulistana convidando os participantes desse circo ao ar livre a “nem entrar no recinto” ou mesmo sair quando aqueles que acham que o show é só pra si, interagindo de forma muito pessoal com o artista e esquecendo que ao seu lado há 1199 ou 599 pessoas assistindo seu show particular na quadra e não no palco.
Mas a reflexão torna-se mais ainda interessante quando comparada à matéria que foi ao ar na Rádio Estadão nessa tarde. Tratava do mito da aposentadoria dos jogadores de futebol, que, na maioria das vezes resistem fortemente para o momento de “pendurar a chuteira”. O mito criado em torno do jogador, do atleta como uma espécie de herói.
Retomando da curva, convidaria aqui Eduardo Logullo, que assina a Biografia da Gal Costa, em seu sítio na internet, que continuasse a dissertação.
Fecho a página ouvindo um dos programas de paz, de melodia, de palavras no desafio de conteúdos sem romance ou drama. Meteoros é o tema. Se o homem se acha maior que a natureza, ou alguns se acham maior que o Rock and Roll, como ouví um músico dizer no palco dia desses, creio que falta a esses serem humildade, paciência e vontade de ser cidadão.
Anexo
Quem sabe Gilberto Gil e Erasmo Carlos - seres multiplicadores da paz e representantes do maior espetáculo de poesia e paz que nossa unidade já proporcionou nos últimos anos – conduzissem nossa nação.
Que contradição, só a guerra faz, nosso amor em paz. Gilberto Gil
Ao invés de “Curtir”, “Compartilhar”, ou mesmo “Comentário”, REFLEXÃO.