Lembrar é Resistir - Brasil Nunca Mais - Capítulo II
Seguindo a sugestão do professor Antonio Marcos Villa é necessária uma leitura não somente apaixonada pelo tema.
Canção: Alegria, Alegria - Caetano Veloso - Alegria alegria – Ânimo ânimo
caminhando contra o vento
(vamos indo contra ao que se apresenta, a ditadura)
sem lenço e sem documento
(sem nada que nos identifique)
no sol de quase dezembro
(indicação de fazer algo terrorismo levante em novembro talvez)
o sol se reparte em crimes
( vamos nos dividir e realizar crimes terrorismo sequestros bombas)
espaçonaves guerrilhas
(fazer guerrilhas moveis, não ficar parados para não ser localizados)
eu vou …
(ele vai participar)
em caras de presidentes
(fazer a guerrilha contra presidentes embaixadores)
em grandes beijos de amor
(disfarce cavalo de troia)
em dentes pernas ardentes
(disfarce)
bomba e brigite bardot
(usar bombas para fazer guerrilha)
o sol nas bancas de revista
(por luz no que tem nas bancas, os jornais, que eram controlados pela ditadura e escondiam a tortura mortes a escuridão)
me enche de alegria e preguiça
(disfarce)
quem lê tanta notícia
(nas revistas haviam futilidades nos jornais censura, receitas de bolo e poesias crítica à censura)
eu vou
( eu vou por luz às notícias)
por entre fotos e nomes
(fotos e nomes de procurados, desaparecidos, mortos torturados)
os olhos cheios de cores
(sangue morte tortura disfarçados)
o peito cheio de amores vãos
(amores vãos, novelas, futebol, tudo que era fútil – acorda!)
eu vou
(eu vou contra tudo isso que falei, morte tortura, futilidade)
eu tomo uma coca-cola
(disfarce pois se toma coca cola é capitalista gosta dos americanos eh um momento que ele diz.. dê uma relaxada)
ela pensa em casamento
(disfarce distração)
e uma canção me consola
(pode ser esta ou outra canção que está incentivando o povo a questionar e lutar e está tocando a pesar da censura)
eu vou
(vou continuar.. )
por entre fotos e nomes (repetiu)
sem livros e sem fuzil
sem fome e sem telefone
no coração do Brasil
(ir ao coração do Brasil, ou seja Brasilia, ou num ponto central onde se escondia a guerrilha e levar suprimentos sem avisar por telefone, não mandar carta ou registros, usar pessoas que não estão nas listas de procurados, caras novas, que estejam bem alimentados para levar suprimentos disfaçadamente, sem armas para não chamar a atenção)
( ou ainda, levar armas e suprimentos ao centro do Brasil, de maneira discreta)
ela nem sabe até pensei em cantar na televisão o sol é tão bonito eu vou…
ele pensou em fazer um show de protesto na tv, iluminar as pessoas.. mas…nao teria como…
Sem lenço, sem documento Nada no bolso ou nas mãos
(sem nada que nos identifique para dificultar os militares)
Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou…
(ele diz querer permanecer vivendo.. então era para ter cuidado nas ações)
Comment by DIEGO — 30 de março de 2013
Fonte: http://analisedeletras.com.br
Foto: Abaixo à ditadura
Livro: “Combate nas Trevas” (Ática, 294 páginas),
do historiador Jacob Gorender, publicado há quase três décadas, permanece o mais importante relato sobre as ações da esquerda contra os governos militares. Embora crítico da ditadura, mostrando os abusos de militares e delegados de polícia, Gorender não faz uma defesa desbragada da esquerda. Faz críticas, aponta insuficiências de interpretação da realidade brasileira e revela justiçamentos feitos pelos esquerdistas. “A Revolução Impossível — A Esquerda e a Luta Armada no Brasil ” (Best Seller, 755 páginas), de Luís Mir, é um bom livro, embora seja criticado por acadêmicos. Ele antecipou, por exemplo, uma história relatada por Gorender: o encontro de Carlos Marighella com o general Albuquerque Lima. Em plena ditadura.
Filme: Carlos Marighella - Manual do Guerrilheiro Urbano
https://www.youtube.com/watch?v=tYq2zZcwAI8