domingo, 8 de março de 2015

Dezesseis formas de dizer obrigado

Após uma noite de celebração matrimonial daquela criança que ao nascer me fez emocionar-se quando subia as rampas do hospital maternidade (Unicor) aos meus dezesseis anos, ali estava agora: mulher linda! Para minha ciência seu casamento seria às 19h. Chegamos dezesseis minutos antes...tempo somente de botar a camisa por dentro da roupa social e aguardar...ao avistar uma jovem de branco imaginara que a noiva anterior estava atrasada. Que nada! Era a própria prima que entrara uma hora depois... eu quem estava atrasado! A personagem principal da noite nem imaginava onde sua aliança encontra naquele instante...perdida das mãos de todos...Divinamente havíamos chegados na hora exata! O anjo de meu caminhar ao ficar segundos sozinha ouvira vozes dizendo: onde está a aliança da noiva??? Ao olhar para o chão molhado pela noite chuvosa...viu um brilho de ouro. Esperem aí...achei! Eu estava numa grande tarefa...escapei de todos, já com os botões abotoados, saquei uma folha A4 com os dizeres: Você está LINDA! Júlia, a prima, a noiva estava com seus lindos fios de ouro presos, ou melhor, penteados pra noiva, como eu sempre havia descordado em encontros que antecederam o matrimônio. Linda é a constelação divina de tudo que acontecera ali. Mas era a noite, o dia e instante dela. Não haveria como não mais reluzente com aquele sorriso. Ganhei dois segundos para poder mostrar o cartaz antes de alinhar-se ao corredor da capela. Realizei a tarefa como faço há alguns anos pedindo as palhetas pra grandes nomes da MPB. Ela me viu, sorriu e foi de encontro ao noivo, ao sacramento. Deus permitiu o alinhamento das órbitas de mais um dia. Dos amigos vindos do Texas, dos novamente 16 quilômetros percorridos na manhã dentre outras atividades até às 16 horas no Parque Santos Dumont. Dezesseis será em alguns dias a nova idade da minha maior criação.  Descubro/relembro agora que existe sim também uma canção com esse nome, e era do Legião Urbana. Mas, não encaixava com esse texto permeado com a leitura de nova "postagem amiga" da noite. Uma palavra chave sim ligaria tudo na órbita: Strawberry Fields Forever! Sua harmonia somente bastaria. Um parágrafo só aqui descreve as 24 horas e seus 2/3 = 16. E o domingo fecha com a próxima faixa musical do quarteto britânico na voz do grande George Harisson em Here Comes the Sun. Agora, here comes the night, here comes de week, e... está tudo celestialmente bem!


domingo, 1 de março de 2015

Reconstrução do ser



Amanhece o domingo e com ele vivo o ritual que espelha meu ser.

Nesses dias de verão a luz da janela me acorda. Ontem mesmo relembrara de como minhas quatro janelas vieram ao meu encontro. Na época elas ainda não passavam de um projeto, seja pra construtora, seja pra mim. Se repensar o projeto em meu pensamento estava ali, pronto. Do olhar que a avó materna sempre incentivou, aquele olhar de vó que só nutri paixão, que te fala "Isso mesmo, não seja bobo", que de dá o conselho que você quer ouvir... contribuiu para que em poucas palavras eu pudesse resumir ao corretor o que eu queria: manter minha raiz na Zona Norte do Município joseense...perto ali de Monteiro...como já dizia o prof. Emmanuel dos Santos..."instância de salubridade"... Diria hoje um lapso de "salubrisanidade" ou simplesmente a voz da nossa essência.

Nessa semana de disciplina - entre os exercícios multifuncionais para manutenção da lombar e também caber no traje para casamento da querida sobrinha a qual derrubei lágrimas quando nasceu quando eu só tinha meus 16 anos - um único pão somente....rs....e exatos 6h30min...nessa linha que iniciei a frase, soa o alarme que meu primeiro "pão integral" está pronto...é a natureza da vida... é a voz divina que soa quando deixamos ela entrar. Me recordo novamente do resumo de ontem...do relembrar do Chile e tudo que o projeto viajar me trouxe de experiência. Já em outras paragens (postagens) creio que versei sobre que Deus nos dá o essencial: nem crédito, nem débito. Foi a mágica descoberta que com o tempo, podemos ler o universo a nossa volta que saber que basta administrar o que temos... obviamente hoje já em leitura um tanto mais clara com relação as relações sociais e de produção social do espaço.

Nesse instante efetivamente tento resumir alguns singulares exercícios de reconstrução do ser. Novamente me deparei com um par que os seres terrenos imaginavam indissociáveis. Olho pra dentro, interiorizo após esses últimos 10 anos e vejo que nada realmente é eterno. Sou convicto que "meus heróis não morreram de overdose!". Filha quinze, eu quarenta. No mínimo instante pra refletir e ter a clareza que o universo está em movimento. Aquele casal que falei pessoalmente um dia no Sesc que gostaria de escrever um livro deles, pois eu, ainda recuperando da sangria nos meados de 2010, ainda dilacerado, borbulhava de sonhos, de interação com seres amigos humanos...atividades físicas, culturais. Agradeço a meus pais por acreditarem e semearem minhas loucuras da infância, não as artes, mas sim, minha essência em contato com o esporte - não competitivo - apesar desse mercado selvagem que tenta nos fazer ainda mais competitivos na lógica do capital.

Nesse segundo a respiração em três tempos...alimento para a paz interior. O que minha terapeuta sempre dizia fez efetivamente um caminho do que estava destinado à minha história...o Ioga e dele a proximidade com a natureza e do próprio Vale do Paraíba que aqui, nesse espaço, se faz. Inspirar em 3 segundos, segurar 3 segundos e expirar no dobro do tempo...6 segundos. Um fácil exercício para a reconstrução do ser.

Vamos pro domingo dissertar a vida sem romance ou drama...assim dizia Marco Schultz...
Vou agora pro meu rádio AM ouvir o Acervo Estadão pois no fim de tarde tem Reporter Eco, Mar sem fim...

A abelha fazendo o mel
vale o tempo que não voou

Beto Guedes - Amor de índio

Observação: a postagem faz parte do projeto pessoal: ajudar aquele coração dilacerado como o meu foi um dia.