quarta-feira, 26 de março de 2014

Lembrar é Resistir - Brasil Nunca Mais - Capítulo II


Lembrar é Resistir - Brasil Nunca Mais - Capítulo II

Seguindo a sugestão do professor Antonio Marcos Villa é necessária uma leitura não somente apaixonada pelo tema.


Canção: Alegria, Alegria - Caetano Veloso - Alegria alegria – Ânimo ânimo
caminhando contra o vento
(vamos indo contra ao que se apresenta, a ditadura)
sem lenço e sem documento
(sem nada que nos identifique)
no sol de quase dezembro
(indicação de fazer algo terrorismo levante em novembro talvez)

o sol se reparte em crimes
( vamos nos dividir e realizar crimes terrorismo sequestros bombas)
espaçonaves guerrilhas
(fazer guerrilhas moveis, não ficar parados para não ser localizados)
eu vou …
(ele vai participar)

em caras de presidentes
(fazer a guerrilha contra presidentes embaixadores)
em grandes beijos de amor
(disfarce cavalo de troia)
em dentes pernas ardentes
(disfarce)
bomba e brigite bardot
(usar bombas para fazer guerrilha)

o sol nas bancas de revista
(por luz no que tem nas bancas, os jornais, que eram controlados pela ditadura e escondiam a tortura mortes a escuridão)
me enche de alegria e preguiça
(disfarce)
quem lê tanta notícia
(nas revistas haviam futilidades nos jornais censura, receitas de bolo e poesias crítica à censura)
eu vou
( eu vou por luz às notícias)

por entre fotos e nomes
(fotos e nomes de procurados, desaparecidos, mortos torturados)
os olhos cheios de cores
(sangue morte tortura disfarçados)
o peito cheio de amores vãos
(amores vãos, novelas, futebol, tudo que era fútil – acorda!)
eu vou
(eu vou contra tudo isso que falei, morte tortura, futilidade)

eu tomo uma coca-cola
(disfarce pois se toma coca cola é capitalista gosta dos americanos eh um momento que ele diz.. dê uma relaxada)
ela pensa em casamento
(disfarce distração)
e uma canção me consola
(pode ser esta ou outra canção que está incentivando o povo a questionar e lutar e está tocando a pesar da censura)
eu vou
(vou continuar.. )

por entre fotos e nomes (repetiu)
sem livros e sem fuzil
sem fome e sem telefone
no coração do Brasil
(ir ao coração do Brasil, ou seja Brasilia, ou num ponto central onde se escondia a guerrilha e levar suprimentos sem avisar por telefone, não mandar carta ou registros, usar pessoas que não estão nas listas de procurados, caras novas, que estejam bem alimentados para levar suprimentos disfaçadamente, sem armas para não chamar a atenção)
( ou ainda, levar armas e suprimentos ao centro do Brasil, de maneira discreta)

ela nem sabe até pensei em cantar na televisão o sol é tão bonito eu vou…
ele pensou em fazer um show de protesto na tv, iluminar as pessoas.. mas…nao teria como…

Sem lenço, sem documento Nada no bolso ou nas mãos
(sem nada que nos identifique para dificultar os militares)
Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou…
(ele diz querer permanecer vivendo.. então era para ter cuidado nas ações)
Comment by DIEGO — 30 de março de 2013
Fonte: http://analisedeletras.com.br





     Foto: Abaixo à ditadura



    Livro: “Combate nas Trevas” (Ática, 294 páginas),

do historiador Jacob Gorender, publicado há quase três décadas, permanece o mais importante relato sobre as ações da esquerda contra os governos militares. Embora crítico da ditadura, mostrando os abusos de militares e delegados de polícia, Gorender não faz uma defesa desbragada da esquerda. Faz críticas, aponta insuficiências de interpretação da realidade brasileira e revela justiçamentos feitos pelos esquerdistas. “A Revolução Impossível — A Esquerda e a Luta Armada no Brasil ” (Best Seller, 755 páginas), de Luís Mir, é um bom livro, embora seja criticado por acadêmicos. Ele antecipou, por exemplo, uma história relatada por Gorender: o encontro de Carlos Marighella com o general Albuquerque Lima. Em plena ditadura.


Filme: Carlos Marighella - Manual do Guerrilheiro Urbano

https://www.youtube.com/watch?v=tYq2zZcwAI8

segunda-feira, 24 de março de 2014

Lembrar é Resistir - Brasil Nunca Mais - Capítulo I


Inicio nessa noite numa espécie de "novena" político-cultural meu manifesto pela democracia e independência da nação brasileira.

Aqui livros, canções, filmes, pensadores e fotos diariamente postados num convite no projeto Lembrar é Resistir - Brasil Nunca Mais.

Canção: Lindonéia - Nara Leão (Álbum Tropicália v.1)



“Lindonéia” foi desenvolvida a partir da obra de Gerchman – Lindonéia, a Gioconda do subúrbio, de 1966.21 Esta tela expressa o rosto de uma jovem garota morta abruptamente, como indiciado pela legenda que acompanha o desenho e cuja imagem forte e chocante foi transcrita por Caetano de maneira metafórica na letra da canção. A música foi composta por Gilberto Gil e os arranjos foram feitos por Rogério Duprat. A interpretação de Nara, ao cantar “Lindonéia”, deu voz ao retrato e ao sofrimento das mulheres envolvidas
nas lutas e desencontros de um Brasil sob o regime militar.


Livro: Os carbonários
Foi longe de seu país, no fim da década de 70, que Alfredo Sirkis - um estudante do Colégio de Aplicação transformado pelas circunstâncias e convicções em guerrilheiro urbano - escreveu suas memórias. Após a anistia, seus originais foram publicados. Foi a partir dele que muitos brasileiros puderam compreender o que significou o Ato Institucional Número 5 (AI-5), as passeatas de 1968, os seqüestros dos embaixadores da Suíça e da Alemanha, a libertação de presos políticos e as ações da ditadura para aniquilar as oposições.


Pensador: João Goulart - Jango
Jango governou o país de 1961 a 1964, quando foi deposto pelo golpe militar. Após o golpe, ele se exilou com a família no Uruguai e, depois, na Argentina, onde morreu, no dia 6 de dezembro de 1976 em Mercedes, cidade do Norte do país. A partir de março de 2013, quando foi anunciada a investigação, a CNV começou a reunir documentos que mostram que Goulart era constantemente vigiado pela ditadura.


 

Filme: Pra frente Brasil
Pra Frente Brasil (em 1970, enquanto o povo vibra com a seleção de futebol, a repressão corria solta. um homem pacato de classe média - Reginaldo Farias - é confundido com um ativista político, preso e torturado. enquanto isso, sua família procura por notícias. o filme foi lançado em 1983, ainda com Figueiredo na presidência).

Foto: Tropas do Exército seguem para o Rio de Janeiro - para consolidar o golpe de Estado e a deposição do presidente João Goulart em 1964. Correio Braziliense, Brasília 11 mar. 2014, p.5