quinta-feira, 5 de julho de 2012

Crônica esportiva democrática sustentável


Foto: Internet

Crônica esportiva democrática sustentável

Um dia quero ver meu time ser campeão novamente
e poder ver o futebol como atração principal
como arte e verdadeiros artesãos de passes e lances
quase como voluntários e não mercernários
mosqueteiros e não marqueteiros
atores e não artistas
gritos de elogios e não de palavrões
Acenos de gentileza e não de agressividade ou violência
gol de letra e não gol contra: contra o respeito, contra a vida

Quero um time original e não um TIME de patrocinadores...como Xurupita+Gorgonzola+Salsicharia Flor de Madureira etc e tal's...onde fica lá prá escanteio a origem de tudo...Meu Time Esporte Clube.

Quero uma time de companheiros e não inimigos entre sí.
Quero seres simples, humildes, cidadãos que participam do espetáculo e não "são o espetáculo" unicamente.
Seres humanos e não sobrenaturais, economicamente falando.

Gente simples e não "estrelas".

Gente que somente com um gesto não precisa GRITAR pra levantar uma massa de torcedores, admiradores.

Gente que faça algo além de gols...que sejam simples seres humanos mas dignos de cidadãos participativos para um mundo melhor.

Quem sabe um campeonato também original pela origem local e não unicamente rotulado pelo patrocinador onde cada gol pode trazer um benefício para o Município/Estado/País.

Onde um gol adversário argentino lhe dê de crêdito uma hospedagem na casa do jogador doutro time. Algo simples.
Nada de carro ou prêmios suntuosos.
Se ganhar doutro time, uns dias em Buenos Aires na casa dos hermanos...

Pra quem sabe chegar num estágio onde qualquer gol pra qualquer lado é sempre motivo de alegria.

Onde um título, se é que precisará haver título...traz a nação vitoriosa apenas uma flâmula, faixa sem precisar extrair minérios da natureza pra moldar taças...etc.
Um título, que uma Copa do Mundo traga sim benefícios sociais para o país.

Que os atores sejam remunerados com um teto único, suficiente pra não ter crédito nem débito. O suficiente. Somente!

Que pensem e sejam cidadãos ao invés de serem quase na totalidade seres acumuladores de pompa, carros, mulheres farra e pança!

Que funções como artilheiro, atacante, rebatedor, ganhei funções de menor violência (na prática também).

Uma camiseta simples que só tenha um distintivo e não duzentos patrocinadores.
Uma chuteira não mais que um "Kichute" num mundo em que chuteiras valem mais que "meses de prato de comida"!

Um novo mundo sem chacotas, piadas.
Um mundo de elogios, sorrisos, sinceridade, honestidade e paz.

Libertadores sim! De todo mal, amém!

Utopia?
Diria uma Social Democracia Esportiva

André Luz de Toledo, 05/07/2012